12 de jun. de 2009

“Com a intensificação do processo industrial no século XVIII começou a significativa alteração do meio ambiente”, afirma Adriana Chilon*.


Com início no século XVIII, na Inglaterra, a Revolução Industrial foi um período marcado pelo avanço tecnológico dos meios de produção e dos transportes. As mercadorias, que até então, eram produzidas à mão, pelos artesãos, passaram a ser fabricadas por máquinas, que já não utilizavam mais a energia humana e sim a energia gerada por combustíveis fósseis, como o carvão mineral e mais tarde o petróleo.


Na época, a tecnologia proporcionou o surgimento de máquinas a vapor, como os teares. E também de meios de transportes mais eficientes, como as locomotivas e trens a vapor. Os avanços permitiram acelerar o ritmo da produção, baratear os produtos, transportar mais mercadorias e pessoas de maneira mais rápida e econômica. Em contrapartida, como explica Adriana Chilon, contribuiu para o aumento da poluição ambiental. “Agora, no século XXI estamos com o agravamento dessa situação que começou com a produção em larga escala, principalmente, dos bens de consumo”, esclarece.

Com a utilização dos combustíveis fósseis para a geração de energia houve um aumento da emissão de gases poluentes para a atmosfera. Como explica Leônidas Albano, doutor em Âmbitos de Investigação em Energia e Meio Ambiente na Arquitetura, pela Universitat Politècnica de Catalunya, Barcelona (Espanha), eles acumulam-se, impedindo que a radiação solar seja refletida de volta para o espaço, o que, consequentemente, contribui para o aquecimento global. Os gases poluentes são produzidos, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis, de resíduos orgânicos ou da vegetação florestal. Dentre eles estão o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e os Perfluorcarbonetos (PFC's).

O acúmulo desses gases é considerado poluição por que, como explica Adriana, eles modificam a composição da atmosfera. “A atmosfera é uma camada que envolve o globo e tem seus constituintes. A alteração desses constituintes que ultrapasse os limites estabelecidos dentro das normas ambientais causa um desequilíbrio que nós denominamos poluição”, complementa. Adriana acrescenta que essas alterações podem colocar em risco a saúde, a segurança e o bem estar da população e dos demais seres vivos.


Outro problema decorrente da Revolução Industrial, segundo Osmar Mendes, Mestre em Engenharia do Meio Ambiente pela Universidade Federal de Goiás e Analista Ambiental da Secretária Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídrico de Goiás – SEMARH é o aumento do consumo, resultante da produção de mercadorias em menos tempo e com um custo menor. “O crescimento acelerado da população e das novas tecnologias voltadas para a fabricação de bens de consumo, tem contribuído com o aumento da geração de resíduos”, afirma. Resíduos, como ele explica, é o lixo que pode ser reciclado. A fração que ainda não possui tecnologia para reciclá-la é denominada rejeito.


*Adriana Chilon é tecnóloga em Gestão de Controle Ambiental.

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